sábado, 27 de outubro de 2012

Traduzindo um pouco do meu “eu”


Traduzindo um pouco do meu “eu”
Sentir-se como um espectador do próprio corpo, é como consigo descrever com palavras quando consigo tocar o vazio da minha própria solidão. Mesmo que tal descrição não seja facilmente compreensível, é como encontrei palavras pra expor o que tenho sentido. Não que isso me incomode, até pelo fato de estar tão vazio ao ponto de ter perdido a sensibilidade. Perdido na minha própria mente e tendo que viver num mundo vazio, vago pelo mundo, não sei buscando uma razão pra viver, já que isso é o que predomina, algo como que de certa forma deixa de ser implícito e passa a ser como “A pedra filosofal” da vida humana.

Nem sei o que pensar sobre isso, a tempestade de pensamentos morreu, a vontade foi consumida pela dor, e o que restou? É algo que não sei como responder. Apenas não sinto nada. Há algum tempo “o nada” Habitar num mundo catatônico ao simples fato de fechar os olhos enchia a minha mente, e de alguma forma me persuadia de que aquilo, mesmo que momentâneo e limitado á minha própria mente, me trazia alguma satisfação, não digo felicidade, já que este sentimento escapou por entre meus dedos há muito tempo. Não que por alguma falha meramente humana me fizesse perdê-la, foi algo que independeu da minha vontade.

Vejo-me, sem ter no que acreditar, não digo que busquei todas as formas, pois sou um mero saco de ossos e carne que fala e se acha no alto da cadeia alimentar. Apesar de frustrações fazerem parte de qualquer jornada. Vejo-me entrelaçado a elas sem fuga, só as vejo, nada mais enxergo, não que tenha me dado por vencido, já que pra vencer intempéries são obstáculos e estimulam a continuar, algo como quanto maior o desafio maior a glória. Mas de que adianta enfrentar tantas dificuldades se elas estão mergulhadas num abismo sem fim?! Normalmente as pessoas vêm com discursos e com falsa empatia, dizendo que você deve continuar que tudo vai melhorar, mas nem elas mesmas acreditam nisso e dizem isso apenas põe uma retórica sem sentido que elas se quer compreendem.

 Não é fácil analisar os acontecimentos dessa forma. É tão heróico, revigorante e até inspirador falar das glórias conquistadas com ardor, mas falar da batalha sem fim que trás apenas dor, não é nem um pouco honroso, mas a sinceridade é algo que jamais deixarei partir de mim. Não escolhi ter glória, sem venerado, e nem um pouco amado. Escolhi ser apenas eu.
Continua...

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